domingo, 28 de julho de 2013

"O Papa é pop."

O Papa Francisco, "a cara do povo, a cara da igreja da nova era." Se a sua fidelidade for fidedigna ao nome que escolherá para a sua árdua missão, a Igreja Católica ganha uma nova roupagem carismática. "A cúria romana deve estar de cabelos em pé, podem até ter pensado em pop, mas não necessariamente um pop star." O grande distanciamento da igreja para com os seus fiéis (contribuintes), devido a sua linguagem não tão popular para a grande massa (o povo), estava criando um muro enorme entre a "plebe e o clero," desgarrando-se do teu vasto rebanho inúmeras ovelhas. Realmente estava mais que na hora de entrar em ação o São Francisco de Assis do sec... XXI


Não pretendo de maneira nenhuma falar aqui de crença religiosa; "cada qual com a sua fé... cada qual com a sua instituição." Gostaria de falar dos fiéis, dos (peregrinos), andarilhos que mais se locomoveram com a fé. Por alguns instantes se esqueceram, dessa, que a cada dia torna-se uma desgostosa vida; alimentados por um sopro de esperança, entregam as suas vidas... em nome de (Javé). "Os holofotes que andavam meio ofuscados, onde já não alumiavam tanto as sagradas escrituras, de repente ganham um brilho; um brilho de esperança." A simpatia de um líder carismático, fez com que milhares de corações se deslocassem separadamente, para no fim se unirem... se fundirem em um só e com um único objetivo, o de promover a paz, justiça e união.


 Faz-me recordar das cruzadas (Guerras Santas) promovidas no sec...XII "para conquistar as chamadas terras santas." Onde milhares de peregrinos (Fies), saiam em marcha, acreditando por sua vez que estavam se redimindo de algum pecado... ou pagando uma promessa. Com armas em punho expulsavam os povos pertencentes as terras, causando mortes e destruição. Não querendo ser cético, mas, fazendo uma grotesca comparação da JMJ e as Cruzadas do passado, me permite fazer uma relevante observação; os (Fiés... Soldados de Cristo... Peregrinos) que outrora lutavam nas cruzadas, geralmente conseguiam conquistar as terras; mesmo que com equivocados ideais e meios não tão cristãs assim. Espero, com o resquício de otimismo que ainda me resta, que os (Fiéis... Soldados de Cristo... Peregrinos) da JMJ, transformem as antigas terras devastadas em corações fecundos... as armas antes usadas, em proclamação do evangelho tal como ele é... e que os atos pecaminosos que tiraram a vida de milhares de pessoas inocentes, sejam transformados no exercício da prática do Cristianismo... tal qual ele também é.


As religiões ou a ausência delas, é uma das mais importantes bases para a formação de qualquer ser humano: de qualquer individuo. Seja ele crente ou ateu, católico ou protestante, espirita ou do candomblé.

Fundamentados em tais doutrinas é que nos formamos atores sociais. O que me impressiona é a diversidade de crenças; e a não coletiva fé. Não posso ser tão incrédulo assim, ao ponto de achar que "o coro de três milhões de pessoas clamando por igualdade para todos , amor ao próximo e solidariedade aos mais necessitados seja mais um hino de boas vindas ao novo Papa. Espero sim, mesmo com o meu pessimismo em alta, que esse grito de milhares de vozes ecoem  e ultrapassem, transcendam os nossos egoísmos, as nossas invejas... as nossas mazelas interiores. Espero que ao menos cada um que participou desse encontro de corações, possam voltar para as suas casas um pouco, só um pouquinho diferentes do que quando chegaram.

Afinal de contas, de uma coisa todos nós temos que concordar. Que os diálogos e pregações que o Papa Francisco proferiu, "são os velhos mandamentos deixados por cristo como a chave para a nossa salvação."

O grande problema é que, ler a Bíblia e decorar frases de efeito, são muito mais fáceis do que por em prática os ensinamentos cristãos. A pratica é amiga inseparável da teoria. Falar de Cristo para muitos sempre foi uma tarefa fácil; renunciar à si mesmo para ser o próprio Cristo é onde complica; e disso, aqui pra nós... eu já sabia.