quarta-feira, 27 de abril de 2016

27-04-1985




          27-04-1985



 “A precocidade  da minha existência reflete a minha à temporalidade. Não acredito, que a vida tenha como resumo esses acontecimentos  cotidianos grotescos... Muito menos,  que ela se atenha aos nascimentos e mortes que fazem da mesma, uma simbiótica e enigmática metamorfose.
É obvio que, diante das anormalidades existências, não se pode generalizar uma espécie de indivíduos que apenas sobrevivem em meio ao caos... Não por opção, é claro! Mas sim, por uma imposição histórica, verticalmente hierarquizada.  Essas criaturas desconhecidas, frustradas e enlouquecidas. Humanas... demasiadamente humanas! Acreditei sempre não fazer parte desse processo fictício de normalidade social. Meus sinais de comunicação não transmitem, de maneira entendível , às minhas urgências e lamentações. Se esse de fato é um mundo de expiação, expiarei... expiarei a decomposição dos dogmas, das normas, das leis, das regras, das aparências, dos bens matérias, do capital, dos pré-conceitos... dos humanos.

Um dia, quem sabe, um dia.
Um dia, talvez, o ceticismo que invade-me possa transformar-me em um cadáver insignificante, improdutivo, infértil. Perdi a fé no HUMANO! Perdi a fé nos DEUSES! perdi a fé na NATURALIDADE!
O ANIMAL HUMANO, com suas firulas contemporâneas perdeu-se, à muito, no caminho de si mesmo. Não quero ser Humano, quero ser Animal!
Humanidade é um entendimento de convivência animalesca, instintiva, predatória, destrutiva.  
Eu, particularmente, tenho uma certa admiração pelos HUMANOS. Fico extremamente encantado, por perceber  que eles são extremamente apegados a ideia de futuro e esperança, e delas não abrem mão. Contudo, dando uma certa credibilidade a crença desses indivíduos, não ousarei, por mais cético que possa ser, descartar a ideia (vã) de que um dia a esperança trará a materialidade de um futuro.” Geferson P.

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