quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

MANIFESTO!



Que puta disputa! Quer poder? Vai te foder!
Rir, pode rir... ria com vontade... seus... seus... bando de assassinos do futuro.
Nós, os chamados por vocês de ignorantes, estamos cada vez mais sem comida, sem saúde, sem segurança, sem educação, sem tempo, sem vida, sem porra nenhuma!
E vocês aí, como uns saqueadores da esperança dessas crianças, “pobres crianças.” Heiiii!!! Seus miseráveis delinquentes, até quando vão alimentar esse discurso satânico travestido de demagogia e proselitismos baratos, falsos, medíocres, insustentáveis? Até quando vão nos transmitir essa Matrix sensacionalista... até quando vamos ter que brincar desses Jogos Vorazes? Heim? Respondam! Seus sadomasoquistas espirituais, seus loucos tidos como normais.
É preciso pagar as contas, é preciso trabalhar no que não quer, é preciso comprar roupa nas festas, é preciso viajar. É preciso ser sempre feliz, é preciso sempre gostar, é preciso ter o aparelho da moda, é preciso ter dinheiro para gastar. É preciso se falar o tempo todo nas redes, é preciso se conectar... é preciso... é preciso tanta coisa.
É preciso tanta coisa e vocês aí brincando de fazer política, brincando de Estado Democrático de Direito, nos empurrando goela abaixo essa ditadura fascista maquiada de democracia.

Desce, desce dos morros meu povo... desce dos morros, das comunidades, das periferias, dos becos, das vielas, das palafitas, dos subúrbios, dos nordestes, das matas amazônicas, das encostas... do submundo, e mostra a esses cú como é que se faz. Tá de sacanagem!
Porra! Quer esculhambar, tudo bem! Agora, disfarça pow. Tá, tudo bem, eu aceito a minha condição de escravo, de negro, mau educado, discriminado, inferiorizado, sem passado... agora, na moral... Me paga melhor. Olha só, posso trabalhar mais de doze horas por dia para você, mas, só se os nossos filhos tiverem uma educação de qualidade... universal. Podem continuar desviando BILHÕES, mas, na boa... A massa não tem vaga, não tem médico, não tem remédio, não tem atendimento básico de saúde. Não precisa acabar com as novelas, reality shows, nem com as cessões das tardes... Mas, cá pra nós, sabemos que não é só isso, não é?

Já acordo com a sensação de desespero, como um câncer maligno que vai corroendo... que caralho de mundo é esse em que vivemos? E não me venha de blá, blá, blá, não viu? Tá ouvindo? Nem venha! Haaa! Porra nenhuma, rapaz!
Estamos brincando de viver! Estamos vivendo de brincar de vida.  Como não falar na Colonização, como não falar no monopólio que há séculos vem usurpando o sangue, o suor, os suspiros de existência. Como não falar na escravização desse rebanho de cor, que deseducados, desiludidos, perpetuam inconscientes as mesmas práticas dos seus algozes. Eu, particularmente, acredito que essa raça a qual eu faço parte está fadada ao caos, a destruição, a aniquilação.

Louco? Sou louco mesmo! Desse manicômio eu resisto em tomar o meu Gardenal. Quer colocar em mim a camisa de força, não é? Vem, pode por em mim um dos seus objetos de tortura. Eu não preciso de analistas que não se analisam, de médicos que só medicam, de juízes que só condenam nem de deuses que só cobram... ‘e como cobram R$!’
Está posto no composto do disposto o interposto que sobreposto, posto que, de pagar imposto, continuo indisposto.
Vai se ferrar! Vem pra cá com essa história de democracia racial, distribuição de renda, políticas de ações afirmativas, ovos de páscoa, papai noel, peru de natal. Peru de natal é a cabeça do! Hum... aí, aí, viu. Vai se arrombar! Com seus livros didáticos, repleto de textos verborrágicos europocidentalmente inventados, que mecaniza, robotiza e imobiliza esse primitivo indivíduo do seu maior direito, o direito a sua própria dignidade como ser vivo, humano. Suas bactérias vestidas de terno, seus terroristas do saber. Parece que nesse inferno, dessa selva de pedra desgraçada que  somos obrigados a compartilhar está tudo normal. 

Como? Se fala muito em Mortes, política, assaltos, consumo, sequestros, impeachment, tráfico, Lava-jato, maconha, aquecimento global, tiro de fuzil,desvio de verba pública, bala perdida, redução da idade penal, microcefalia, atentados terroristas, bolsa de valores, filmes produzidos em hollywood, estética, moda, padrão de beleza, iphone, Facebbok, aplicativos, manifestações, futebol, baladas, religiões, eleições... se fala em tantas coisas importantes para uns e nem tão importantes para outros, só não se fala muito no que é interesse de todos, ou da manada esmagadora do proletariado (pra quem é chegado ao Marx). Filhos de uma puta! Com todo respeito aos filhos e as putas. Enquanto eu viver, vou tirar cada pedaço que me é de direito. Vou fazer o que for para arrancar-lhes as entranhas do seu capital. Cuidado com os Robin Hood(s) dos guetos, cuidado para não tomarmos de assalto o asfalto e dele fazer um palco acabando de vez com seu show-mício. Seus abutres do sofrimento alheio!

Será possível que dos nossos 80 anos de existência não vamos viver nenhum? A vontade que dá é de entrar em estado profundo de depressão. É triste, é deprimente, é lamentável, é agonizante... é lastimável. Aí vem aqueles idiotas com os mesmos discursos medíocres: não, não pode ser assim, nós temos que ter força, perseverança, ter fé que o dia de amanhã vai ser melhor. Hôôô... seu...infeliz, amanhã é um caralho! O amanhã não existe! Não existe porque ainda não aconteceu. Como pode conviver com a falsa ideia de futuro se despreza o único momento que tem... que é o presente.
Está faltando alguma coisa... há... Foda-se! Era isso. Fodam-se todos vocês seus manipuladores de nós, marionetes. Outra coisa: não me interessa se os acentos não estão no lugar, se a sintaxe não está corretamente aplicada, deixem os meus erros de ortografia se perderem na orgia dessa língua culta, que é cheia de caozada e hipocrisia. 

Geferson P

domingo, 12 de abril de 2015

"UM VÔMITO MARGINAL"




Marginalizar o que por si só marginaliza-se. Como pode? Como expurgar o câncer que há em mim? Como transcrever o chicote que me mutila todos os dias... uff. Difícil.
Marginal não é aquele que está à margem. "Marginal é aquele que não marginaliza-se"; marginal é aquele que se coloca como margem, é aquele que não se coloca em meio... e o que está ao seu redor passa a não ser a sua vida, mas sim, simplesmente o que está a sua volta
Todos os dias quando acordo deixando(Renato Russo-Legião Urbana) um pouco de lado, me deparo com uma sensação não tão aceitável. Dou de cara com uma angústia que me atormenta, e olha que me atormenta pra caramba! Não é que eu seja um ser depressivo, melancólico, deprimido ou qualquer tipo de adjetivo que lhe convir atribuir-me.
Se trata simplesmente, de um olhar de ti para os outros e dos outros para ti. Costumo dizer, para talvez encurtar o discurso, já que discursar é o que de fato nós só o fazemos, que poderíamos partir do seguinte princípio: existem três perguntas fundamentais e universais que todos, de fato todos, os seres ditos humanos compartilham independente das suas vontades. Essas três perguntas é a única coisa que nos torna iguais. Iguais não no sentido literal da palavra, iguais no sentido de que somos compostos dos mesmos elementos que compõem e constroem, decompõem e destroem, tudo o que de fato existe. De onde nós viemos? Ta bom, tudo bem, vamos considerar que existem várias teorias sobre essa questão, o bom de falar em questão é que o X da questão encontra-se sobre os fundamentos de várias teorias, de seres que vieram do mesmo lugar. Que verdades são essas? Absolutas? Que (DEUSES) são esses? Talvez, no fundo no fundo, seja essa falta de respostas interiormente inquietante é que mova toda essa engrenagem que denominamos humanidade. Quem delegou tal poder a um igual, para tornar desigual o seu semelhante? O que te torna Diferente dos demais indivíduos existentes? Por mais aguçada que seja a sua intelectualidade, existem questões que, se formos ligeiramente sensatos, chegaremos a um acordo que de fato, não temos respostas concretas para responde-las.
Quem somos nós? Respondam como quiserem! Cada um que fale de si... porém, é nós.
Os indivíduos habituaram-se a ilusória consciência de que possui direito sobre o outro, como se o outro não fosse indivíduo e sim, outro tipo de ser: outra espécie. Enfim. Ai se torna romantismo! Deixo esse ofício para os grandes romancistas.
A pergunta que não que calar é: Como eles conseguiram aprisionar tantas pessoas sem grades? Como eles mantem esse sistema de "exorcismo da natureza humana"? Cerceando instintos, Condenando à solitária os primitivos sentimentos do ser; apenas do ser, não ouso o definir.
Utopia? De fato a utopia hoje pairou no ar; "contaminou."
Mas afinal o que seria do ser sem as suas utopias? Cada vez mais acredito na frase em que diz: "As palavras, comovem... e os exemplos, arrastam." 
Para onde nós vamos? Não sei! Com certeza Iremos para um bom lugar, o inferno é sempre para os outros. O ser "humano" é tão genial, que criou imagens e/ou gravuras para representar o iluminado e o sombrio dele mesmo; céu, inferno, deuses e demônios. 
Radicalismo? Idealismo? Fundamentalismo? Como quiser. Gosto do pessimismo. O otimismo, pra quem quiser. 
enfim... 
"O grande barato é tentar conviver conformadamente com a ideia de que existem homens superiores e homens inferiores; sem se quer questionar o que ou quem lhe conferiu tal superioridade.
Há! sei lá! Essa porra me consome até o fim, nesse momento a minha coroa está orando por mim. É assim? demorou! Já é! Roubaram a minha alma, mais não levaram a minha fé. Fé! Rs.
Geferson P.

sábado, 11 de abril de 2015

"NADA PARA ESCREVER".



Com o corpo cansado e a mente latente, não penso em nada para escrever.
O pensar em nada já me basta, pois as próximas linhas surgirão do nada que nascer.
Como assim não penso em nada para escrever?
Que besteira. O intelecto humano é um sábio que não para de trabalhar.
Mesmo divagando nas informações, jamais reprime o seu desejo de criar.

Escrever é uma arte a qual eu não tenho intimidade. Junto palavras simples conexas sem nenhuma conexão. Na tentativa de escrever para os outros, sem ao menos preocupar-me com a real ideia... acabo entrando em contradição.
Escrever! Escrevo o que eu quiser. Sem muito bla, bla, bla, sem muito mi, mi, mi. Se penso, logo escrevo. Escrevo e pronto!
Porque que tem que formar frases longas e de efeito? Por que que tem que ser segundo a NORMA CULTA DA LÍNGUA um escritor perfeito? A norma culta pode ser da língua, mas, a escrita tem que ser do sujeito.

Liberdade para transcrever o que quer, do jeito que souber, é indispensável para qualquer ser.
A opressão da normatividade do indivíduo os torna vulneráveis. Não podemos errar um acento, uma virgula, nenhuma letra pode estar fora do lugar. Já que os donos do saber logo iram taxar-nos de ignorantes, incapazes. Isso tudo não passa de preciosismo furreca de um grupo de "consideráveis leitores" metidos a bestas. Pseudo-intelectuais.
Descartam os escritos daqueles que não tiveram a oportunidade de "serem ensinados" (ENTRE ASPAS), para fecharem-se no seu mundinho medíocre, de repetirem demasiadamente o que sempre disseram, os afirmando como  os discursos ideais.

Para quem disse que não tinha nada para escrever, até que escrevi bastante. Como é gostoso escrever o que está pensando sem se preocupar com o que os outros estão achando. Falo do que eu quiser, goste quem gostar... e não vou corrigir. Na minha opinião está super correto, pontos e vírgulas não mudam a minha opinião. Foda-se, se os pingos estão fora dos ii. Se o acento circunflexo não está flexionando o verbo que adjetiva o provérbio substanciando o artigo que é extremamente agudo e não deixa de lado a crase mesmo de olho no pronome independente se ele é oblíquo não me venha com reticências porque o seu til ultimamente está uma barra porque não se pode usar colchetes nesse  ponto parágrafo.
É isso! Não consigo pensar em nada para escrever.

Geferson P.





sexta-feira, 10 de abril de 2015

O QUÂO PEQUENOS SOMOS.




Gostaria que todos pudessem enxergar a terra do alto, de fora dela. Para percebemos o quanto somos insignificantes diante do tamanho do universo. A proporção do tamanho, é relativo a distância que você está do objeto. Um elefante para tirar uma pequena pedra que está no seu caminho só basta um sopro, para nós, pode ser removida com o simples gesto de chutá-la, já a formiga não pode dizer o mesmo, pois o que está à sua frente é uma montanha irremovível. Usei esse chulo exemplo para que possamos ter a dimensão do quão pequenos nós somos.

Se os pássaros que alçam voos altíssimos pudessem descrever-nos, diriam que todos nós somos do tamanho deles... e que a única diferença é que ele só voa e nós só andamos.  Ele também diria que para ele era difícil entender como conseguimos nos movimentar, em meio a uma multidão de pássaros andantes, já que na sua cidade tem espaço de sobra. A única coisa que às vezes o incomoda são os enormes pássaros de metal quando passam... são muito barulhentos. Usei esse chulo exemplo para que possamos ter a dimensão do quão pequenos somos.

O nosso Super Ego, de mãos dadas com o nosso Alter Ego, não nos permite que percebamos a nossa pequenez, nos transformando nos "Super-Homens". Que pena. Uma pena porque, se nós reconhecêssemos  o nosso pequeno estado, valorizaríamos o grande feito. Nós somos tão fortes, que perdemos tudo com uma rajada de vento. Nós somos tão fortes, que tudo é completamente arrastado com uma grande onda. Nós somos tão fortes, que tudo desaba quando as placas deslocam-se centímetros do lugar. "Nós somos tão grandes", que não conseguimos nos enxergar. Usei esse chulo exemplo para que possamos ter a dimensão do quão pequenos somos.

Somos tão poderosos, que o sol não pode, em hipótese alguma, mover-se de lugar. Fiquem tranquilos, não falarei dos meteoros, muito menos dos asteroides. Se supõem que exterminaram os dinossauros... vou deixa-los imaginando o que seria de nós? Olhei do alto e vi um carnaval de pequeninos animais, andando de um lado para o outro em meio a uma selva de pedra, lugar que a natureza não cabe mais. Casas, prédios, templos, automóveis, asfaltos, arranha-céu. Tudo isso mostra o tamanho da nossa pequena grandeza, tudo isso mostra o quanto a nossa grandeza é pequena. Usei esse chulo exemplo para que possamos ter a dimensão do quão pequenos somos.

Observamos a imensidão da areia, sem perceber que é o resultado do aglomerado de pequeninos grãos. Olhamos para imensidão do mar, e não nos damos conta do conjunto de microscópicas partículas aquáticas. Olhamos para nós mesmos e nos enxergamos seres superiores, racionais. Rs... Somos tolos! Não passamos de uma orquestra d'água, regidos por uma partitura de células funcionais.

Geferson P.



quinta-feira, 9 de abril de 2015

SE.



Se é o meu sonho que vocês querem. Estou aqui! Venham pegar.
Se é um sorriso sincero que vocês esperam. Tudo bem! Mas não vão encontrar.
Se desejam a verdade... a minha verdade. É uma pena! Não vou falar.
Se querem saber o que eu penso. Escutem! Não leiam o que escrevo... ultimamente só faço delirar.
Se acredito no amor? Não! A hipocrisia divorciou-se de mim... acabou de me deixar.
Se a solidão é triste? Sim! Para quem se entristece logo após ao acordar.

Se a dor é real? Não sei! A realidade não costuma doer... se de fato for real.
Se o destino existe? Talvez! Predestinados todos nós já nascemos... mesmo que num mundo surreal.
Se o mundo é um bom lugar? Sim! Infelizmente o estragamos... ao tentar habitar.
Se existe vida fora da terra? Mas é claro! Quem somos nós... para sozinhos desse universo se apossar?
Se o homem é um ser inteligente? Não creio! Não seria inteligencia... construir bombas para se matar.

Se a morte é o fim? Quem saberá? O início nem sempre é o começo... o final, pode servir para transformar.
Se a felicidade é estar sempre sorrindo? Um! Cuidado. A alegria nem sempre pode-se enganar.
Se a amizade é algo que se constrói? Concordo! Não construímos colunas com o intuito de desabar.
Se com o dinheiro se compra de tudo? Melhor não responder! Só se compra o que está à venda. Não coloquei em mim etiqueta de preço... só não posso responder por você.

Geferson P.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

MAR PROFUNDO.


Numa noite escura e em completa solidão, arrepia-me o corpo, sigo sentindo freneticamente a pulsação. Me perco num mar de sonhos solitários, mergulhando no abismo infinito que sufoca o ar dos meus pulmões.
Uma vastidão de criaturas reluzentes encontro em meio ao negro profundo.
Num caminho sem volta, perdido no afogante labirinto espero o meu último suspiro, desse corpo, que submerge em meio as negras devastações.

Sinto o frio percorrer por toda minh'alma, experimento estranhas sensações ao qual jamais ousaria imaginar sentir... Uma forte correnteza, carregando consigo as lagrimas da minha tristeza, não permite-me voltar.
Cada vez mais fundo, ao norte, único trajeto, sem perspectiva de encontrar uma saída, sei que nesse mar profundo jamais me encontrarão...Não relutarei para voltar, não tentarei mudar o destino, mesmo sabendo que posso  arrepender-me amargamente...
Não implorarei para que encontrem-me, não tenho força contra esse implacável mar.

Prometo que um dia ressurgirei, da cabeça aos pés encharcado, porém, jamais me sacarei...
Não permitirei que escorram as gotas d'água do meu corpo, não poderia deixar de transpirar...
No pacífico oceano, indico velejar. No atlântico azul, o ártico lá está.
O meu corpo vagueia, tendo como guia o cruzeiro do sul.
Ofuscado ás vezes pelas luzes dos faróis nos portos mil.
Pescadores ao longe jogam suas redes de arrasto, a espera de um cardume ao puxar.
Se espantam com o tamanho dos navios, que como um titanic faz meu corpo afundar.

Geferson P.  

terça-feira, 7 de abril de 2015

"PERGUNTAS SEM RESPOSTAS"



De onde viemos? Quem somos nós? Para onde vamos?
Há se eu soubesse! O que me conforta é que nem os "seres mais excepcionais" desvendaram esse mistérios. Do que mais precisamos, para entendermos que a única coisa que temos somos nós mesmos. A passagem é breve meus caros... as sincronizadas batidas do nosso coração tem um limite para cessarem. Não irei recorrer a respostas filosóficas para tentar explicar o que é tão fácil  e totalmente explicável. Surgimos aqui! Não importa como. Surgimos. Surgimos qui! Desenvolvemos aqui! Morreremos aqui! Quanta bobagem, quanto egoísmo da nossa parte. Somos espírito. Somos animais. Somos animais espiritualizados ou espiritualizados animais... e daí? Não importa!

Brigamos por terra, brigamos por comida, brigamos por água, brigamos por dinheiro, brigamos por religião, brigamos por pensarmos diferente, brigamos por sermos iguais, brigamos até por time de futebol, brigamos por nos acharmos melhor, brigamos... apenas brigamos. Deus, se é que ele existe... como poderíamos crer que somos seus filhos?  Que contradição. Se eu tivesse o poder de criar seres humanos para habitar o meu mundo, não criaria-os para destruí-lo. Se tivesse o poder de fazê-los a minha imagem e semelhança, o lugar ao qual eles se instalassem seria um ambiente de paz, amor, prosperidade e de pura harmonia. Um mundo utópico? Talvez.

Perdemos tanto tempo em um espaço de tempo tão curto. Ultimamente aprendi criticamente a comparar, e num emaranhado de comparações, comparei o mundo com uma criança, um bebe, um recém-nascido. Imaginei uma criança logo quando acabara de sair do ventre protetor da sua genitora... "uma criança virgem dos sentidos exteriores (mundanos)". Naquele instante ela passa a fazer parte de um outro universo exterior (a vida como ela é), e então começa a aprender novas formas, novos gestos, novos sons, novos métodos e novas manias. É claro que não sou um médico pediatra, nem um especialista em psicologia infantil, apenas quero chamar a atenção para o simples fato: se a criança torna-se adulta por conta das influências que recebe... temos que nos perguntar urgentemente quais as influências que outrora recebemos, para  nos tornarmos os adultos desequilibrados que hoje somos?

Procriamos demasiadamente como ratos, sedentos por prazer. Desejamos o melhor para os nossos filhos e nos esquecemos que o amanhã está prestes a não ter água pra beber. Criamos o hábito de pensarmos exageradamente no futuro, deixando o presente a merce. Qual é a real herança que as crianças crescidas vão herdar? O mundo está tornando-se inabitável porém, ele sempre existirá. O que ainda falta para percebermos que o tempo está de pressa a passar? E que o que chamamos de vida é só uma fração de segundos, diante da eternidade que está a nos aguardar. Esse indecifrável sopro que impulsiona a vida parece não fazer mais sentido. Como gados conduzidos para o abatedouro caminhamos todos, por esse vasto trajeto de martírio indolor. Com alegorias coloridas pelo caminho, no intuito de distraí-los durante a caminhada para esquecerdes o momento de terror.

Alguns dizem que o universo conspira ao nosso favor, ao menos uma coisa a nosso favor tem que conspirar. Que bom que o conspirador é o universo, pois na sua perfeição podemos nos inspirar.
Outros dizem que a vida é bela, talvez seja na hora da novela, que eles tendem a exclamar. Bela a vida pode até ser, o problema é que não a vemos passar. Cético? Será?                                                
Gritamos por liberdade como se ela estivesse não dentro de nós mas, em outro lugar. Clamamos por justiça como se os outros tivessem a obrigação de exerce-la, para que nós não tenhamos que nos culpar. Sonhamos todos com a paz, como se os sonhos se tornassem realidade, todas as vezes que acabamos de acordar.

Geferson P.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

QUEM? QUEM? QUEM?


Quem vai ligar? "Um corpo qualquer estirado no chão", um tiro de fuzil, pistola, bala de borracha, canhão. Quem vai ligar? Mais um negrinho, um molequinho, um estudante, uma dona de casa, um senhor, um vapor. Quem vai ligar? Pra seu Zé, dona Maria, seu Joaquim, pra Miguel, pra Amarildo, pra Claudia e pra seu Manoel? Quem vai ligar? Pra bala perdida, tiroteio entre marginais e polícia, invasão de comunidades, abusos de autoridades, bárbaras execuções, pra casas invadidas sem mandado de buscas e apreensões? Quem vai ligar? Pro toque de recolher, Pra crianças correndo nas ruas, pro terror nas comunidades, para as estreitas vielas das maldades, pro sobe e desce do morro, pra agonia do povo, pro seu grito de socorro?

Quem irá nos proteger? Tu, nós, eu e você? Quem irá nos proteger? Os programas sociais, as cotas raciais, as reportagens banais, a política, a justiça, os tribunais? Quem irá nos proteger? Dos ajustes fiscais, dos aumentos surreais, da escassez dos reservatórios, dos desvios de verbas, da desigualdade social, do preconceito, do capitalismo vorás, do totalitarismo burgues, da cultura ocidental, da globalização e dos tormentos que ainda está pra acontecer?

Quem poderá resistir? A essa selva de pedra, a essa vida perversa, a esse ar poluído, a esses rios impuros, a esse trânsito caótico? Quem irá resistir? A essa vida banal, a esse trabalho brutal, a esse cotidiano medíocre, a esses ídolos insignificantes, a esses falsos representantes, a essa banalidade da vida? Quem irá resistir? A esse filme real de terror, a esses gritos de socorro, a esse silêncio desesperador, a essas ideias prontas, a essa desvalorização das amizades, a esses amores que deixaram de existir?

O que podemos fazer? Para aliviar a dor, para que possamos sorrir, para não julgar os outros, para descobrir o real valor,  para sermos quem de fato somos, para realizar os sonhos, para reaprendermos a amar? O que podemos fazer? Para curar as feridas, para resgatar as almas perdidas, para mantermos os animais nas florestas, para que um sorriso seja motivo de uma festa, para brincarmos feito crianças, para vivermos em paz? O que podemos fazer? Para tirar o peso da consciência, para aproveitarmos a juventude, aproveitarmos a mocidade, aproveitarmos a velhice, para tornarmo-nos inocentes, para sermos prudentes, para não nos enganarmos mais, para podermos viver?

Quem pode nos salvar? Jesus, Buda, Muhammad, Oxalá, São jorge, os Monges, o Islã, o orixá?
Quem poderá nos salvar? Brasília, os partidos políticos, a teologia da prosperidade, o dízimo, ir ao padre confessar?
Quem poderá nos salvar?  As redes sociais, os iphones atuais, o aumento do salário, o crédito bancário, o seu nome nas revistas e jornais.
Quem poderá nos salvar? O noticiário da tv, seu carro importado, as polegadas do seu aparelho televisor, o seu poder aquisitivo, "o quanto você paga pelo amor", o seu sapato novo, a sua bolsa da moda, o seu mais novo computador?
Quem poderá nos salvar? Eu, tu, ele? Nós, vós, eles? 
Quem poderá nos salvar? A sua maquiagem, os mls do seu silicone, a sua falsa identidade ou o caixão que na sua morte levará?

Geferson P.

domingo, 5 de abril de 2015

"RESSURREIÇÃO OU CHOCOLATÃO"?



Obs: Não estou com disposição para escrever. No entanto, como estamos celebrando Páscoa (Ressurreição de Cristo), gostaria de fazer algumas observações sobre a comemoração dessa data tão importante para os cristãos... especialmente para as crianças, que há muito, deixaram de entender  que celebra-se na pascoa a (Ressurreição de Cristo) para associar Páscoa com (Coelhinhos e ovos de chocolate).
Com tudo, resolvi recortar alguns artigos interessantes, que abordam direta e indiretamente o que penso sobre o assunto Pascoal.

Páscoa! Coelinhos! Ovos! Ressurreição de Cristo! Qual será a ligação entre eles?

Então! A Páscoa significa "passagem" e é a celebração mais importante da Igreja Cristã, onde comemora-se a Ressurreição de Cristo. Já o coelho, tornou-se símbolo porque, nos tempos antigos  a celebração era comemorada exatamente no fim do inverno e início da primavera, quando os animais apareciam nos campos, com seus filhotes, era a época da fertilidade. Os ovos, no entanto, tornou-se um símbolo por representarem, segundo alguns, o começo da vida. Com isso, as pessoas costumavam a presentear os amigos com os ovos, desejando-lhes uma boa passagem para uma vida feliz.

Sabemos que os ovos de chocolate são usados para sustentar a máquina capitalista. Todavia, não acredito que isso seja um bom argumento para proibirmos uma simples manifestação de apreço por um filho ou amigo. Afinal, o capitalismo também é sustentado com computadores e roupas que compramos - e com uma infinidade de outros produtos dos quais fazemos uso. Portanto, deixemos deixemos de lado esse argumento.

Também há a questão com a nossa saúde, que não deve ser passada por alto. Nossa alimentação precisa ser saudável e precisamos nos esforçar para atingirmos essa meta, pois, através de nossa alimentação deus é glorificada (1Co 10:31). Além disso, com um corpo e uma mente saudável podemos nos comunicar melhor com o Espírito Santo.

O ideal mesmo é que nenhum de nós coma qualquer tipo de doce, porém, nem todos têm a mesma facilidade para tomar tal decisão. Cada um deve decidir por si quando será o tempo ideal para não comer doce algum. A final de contas, o cristão tem que olhar para a sua própria vida e não para o prato dos outros. No entanto, cheguei a conclusão de que faz menos mau dar um presentinho de Páscoa do que encher a boca de críticas e despejar tudo nos outros.

Entretanto, é importante fazermos uma reflexão crítica do que de fato estamos comemorando... por exemplo: a música coelhinho da Páscoa que trazes pra mim? um ovo, dois ovos, três ovos assim... Fez, faz e continuará fazendo parte da infância  de muitas crianças no repertório das escolas. Mas além de cantar músicas, colorir coelhinhos e pintar o rosto das crianças, os educadores sabem que precisam ir além, trabalhando os reais valores da data e buscando uma reflexão profunda sobre o consumismo em comemorações como a Páscoa. Em casa as famílias devem também devem ter uma visão crítica da forma como o mercado apresenta a data. É, sem dúvida, necessário um esforço conjunto diante do bombardeio da mídia que passa por cima do real significado da data e incentiva intensamente a compra de ovos de chocolate. Nos casos dos ovos com apelo infantil é importante lembrar que a prática é abusiva e ilegal.

Fontes: http://rebrinc.com.br/destaques/pascoa-muito-acucar-e-pouco-sentido/
     http://novotempo.com/namiradaverdade/o-cristao-deve-presentear-com-ovos-de-pascoa/

Geferson P.



"TUDO TÃO VAZIO"



Tudo tão vazio! Tudo tão vazio, mesmo com as multidões que pulsão esse sangue social.
O mundo vazio, as cidades vazias, as ruas vazias mesmo cheias de pessoas... transeuntes vazios.
Tudo tão vivo e sem vida. Olhares dispersos, movimentos sem gestos, sorrisos sem graças, palavras sem sentido. Os ônibus lotados e cheios de lugares. Por onde andar? O que fazer? Como prosperar?
Acendo um bastão incendiário e vejo a vida passar. Olhar em volta e não ver, tocar e não sentir, chorar sem lacrimejar. Enquanto os caminhos se cruzam as pessoas se afastam, e não se olham, e não se veem, e não se tocam... não trocam. Por onde andar? O que fazer? Como prosperar?

Nesse universo sem fim, nesse profundo mar, nesse desgovernado barco a velejar... estamos aqui.
A minh'alma suplica por estar, viva, será? Os mortos já não ressuscitam mais. No que se transformaram as cidades? O que fizeram com os meios naturais? O que fizeram de nós... já não somos mais. Por onde andar? O que fazer? Como prosperar?
Dá calafrio só de pensar, convoque seu buda para rezar, mãe menininha, são jorge, oxalá. É, pra quem tem fé a vida nunca tem fim. No dom de ser já não são. No existir já não existem mais. O que será de nós nesse mundo em putrefação? O sopro da vida passou, da carcaça o esqueleto ficou, do pó que o criou nada mais restou. Onde querem chegar esses ambulantes sem mercadoria? Não são mais aqueles que outrora  pensou que fossem um dia... e o que restou? Só tristeza e melancolia. Por onde andar? O que fazer? Como prosperar?

A racionalidade passou a ser improvável. Os mecanismos de defesa deixou de ser artificial, passou a ter um sentido bélico, a aniquilação do animal. Desprovidos de naturalidade, sentem-se no direito de acreditar no futuro onde horizonte já não pode ser mais alcançado, os homens é que estão no comando... tornou-se o centro de tudo. Por onde andar? Oque fazer? Como prosperar.
Estão dizendo que o tempo anda de pressa, afirmam que os relógios aceleraram no seu contar, especulam que os dias já não duram mais, mas não se importam... pois acreditam que um dia vão voltar. O efémero nunca teve tanta relevância, a futilidade nunca esteve em tantos lugares, a realidade em nenhum momento foi tão subestimada, as pessoas involuntariamente estão deixando de se encontrar. Por onde andar? O que fazer? Como prosperar?

Os discursos já não convencem mais, ainda que sejam convincentes. Os esteriótipos inverteram os fenótipos dando lugar a vários arquétipos, onde adotaram um único padrão... o padrão estético.
Já não se fala mais em bons princípios, mesmo que os sem princípio não sejam os principais. Já que o mundo tornou-se global e a experiência uma ideia abstrata demais. Por onde andar? O que fazer? Como prosperar? Num passado remoto perdi o meu controle, num presente frenético estou descontrolado e num futuro bem breve, talvez eles me controlem. Será que podemos resistir?

Os aparelhos eletrônicos tornaram-se os nossos melhores amigos, a base das nossas amizades se chama wifi, as nossas famílias estão nas redes e os nossos segredos tornaram-se sociais. Os bonecos trabalhadores, os pagadores de promessas em impostos fiscais, os proletariados passivos, os dependentes dos programas sociais. Por onde andar? O que fazer? Como prosperar?

Geferson P.

sábado, 4 de abril de 2015

"PERDIDO EM PENSAMENTOS"




(Dia 05/04/2015... Noite; exatamente às 01:54. O silêncio se inicia assim como a negra madrugada. Uma kitnet. Duas pessoas e um animal domesticado. Uma completamente adormecida e a outra está de frente para o computador na tentativa de arrumar os pensamentos para expressa-los em palavras... escritas. O único barulho que o incomoda é o do ventilador de teto acima da sua cabeça. Por um instante permanece imóvel, perdido em pensamentos e com os olhos fixados para a tela do aparelho eletrônico, esperando o que aparecerá na caixa de texto que abrira).

- Oi!

- Oi!

- Tudo bem?

- Tudo.

- Tudo bem mesmo?

- Mesmo.

- Por que está em silêncio?

- Não estou em silêncio.

 - Está sim! Não escuto a sua voz já faz um tempo.

- Não estou em silêncio! Você que não consegue me ouvir.

- (ri)... Mas é claro que não consigo lhe ouvir... você nada fala.

- É uma pena. O silêncio para mim é ensurdecedor.

- (Riso discreto)... Já sei. Você gosta dessas coisas de paradoxo metáforas... esse tipo de  coisa, não é?

- (secamente)... Não.

- Sinceramente, eu não entendo onde quer chegar.

- A lugar algum.

- Então, tudo bem! Acho que já entendi. Você não que ser incomodado, vou deixa-lo em silêncio.

- Eu não estou em silêncio!

- Então tá legal. Eu não vou falar mais nada...tudo bem?

- Pode ser. Duas pessoas não podem falar ao mesmo tempo. Até podem, só não vão entenderem-se .

- Mais só eu estou falando aqui.

- Isso é você quem pensa.

- Como assim?

- Porque só podemos falar para e com os outros? Porque não pode-se falar consigo mesmo?

- Porque não podemos perguntar e responder a nós mesmos... se não já saberíamos as respostas.

- Não se trata de perguntas nem respostas. Trata-se apenas de você.

- Desculpa, mas eu tô meio confuso. Eu vou embora... eu estou atrapalhando você.

- Ninguém pode atrapalhar-me, nem confundir-me. Eu sempre estive, estou e sempre estarei aqui.

- (Ligeiramente amedrontado)... Você está me assustando. Está falando como se tivesse outra pessoa dentro de você.

- Bobagem! Não crie caraminholas na sua cabeça. Não tem ninguém aqui. (ri).

- (Ligeiramente assustado)... Você tem ido a igreja?

- Não! Já faz algum tempo que não a frequento. Mas, o que tem a igreja?

- (Confuso)... Nada! nada não. Só foi uma simples pergunta.

- Está tudo bem contigo?

- Está sim... tudo bem. Eu acho.

- Estou achando você um pouco assutado.

- (Tentando disfarçar a face amedrontada)... Imagina. Não estou assustado. Como poderia assustar-me com você?

- Não sei!

- Tudo bem. Eu já vou. Quando quiser conversar é só me avisar, tá legal?

-  Mas, não estamos conversando?

- Sim, sim, estamos.

- Então?

- É que, sei lá! Eu não sei como dizer isso mas, talvez você esteja precisando de ajuda.

- Ajuda? Que tipo de ajuda?

- Alguma ajuda, não sei. Talvez alguém mais experiente para conversar, contar o que está acontecendo.

- E o que está acontecendo?

- (gaguejando)... É...é... deixa pra lá. Eu não sei como explicar, acho que expressei-me mal.

- Você quer dizer que eu preciso procurar um profissional da psique? Um psicanalista, psicólogo... é isso?

- (Um pouco confuso)... É... é... talvez... quem sabe. Não significa que está com problema. É só uma conversa mesmo. Perguntar se é normal conversarmos com nós mesmos, se o silêncio pode ser ensurdecedor, sei lá.

- Mas eu não tenho nenhuma dúvida disso. Você deve está achando que sou esquizofrênico, que tenho algum tipo de problema mental não é?

- (desconsertado)... Não! Não é isso... não foi isso que eu quis dizer.

- Será que não?

- Não, não foi isso. Quando eu era mais novo a minha mãe me levou no consultório de um psicanalista amigo dela. E  não teve nada demais, ele me fez um monte de perguntas, me pediu para fechar os olhos e pensar um monte de coisas. Foi legal. Frequentei por um bom tempo. O nome dele era Dr. Freud.

- Obrigado pela preocupação e indicação mas, não preciso de analistas psicológicos.

- Tudo bem. Falo isso porque as vezes nós pensamos que está tudo bem com a gente mas na verdade não está.

- Você está insinuando que eu não estou bem?

- Não é isso. Quero dizer que as vezes é bom a gente saber das verdades escondidas em nós.

- E por que precisamos das outras pessoas para descobrir as nossas verdades?

- Na verdade eles nos ajudam a descobrirmos quem nós somos.

- É! Você descobriu?

- Sim!

- E quem é você?








sexta-feira, 3 de abril de 2015

"A VERDADEIRA FICÇÃO... A PROPAGANDA DA CONSUMAÇÃO".



O que é real? A ficção transcendeu a realidade. O que vemos, ouvimos, lemos, já não nos transmite as coisas como de fato aconteceu. Os jornais já não reportam a verdadeira reportagem, nem os meios diversos de comunicação não nos representam como indivíduos reais. Porque deveria? Estamos infestados de heróis sem coragem, de ídolos sem personalidade e de propagandas sem credibilidade. É o mercado? Dividimos o nosso precioso tempo com entretenimentos banais, que nos querem vender muito mais, com ofertas sensacionais e linguagens cada vez mais especiais. O capitalismo?

A nossa realidade passou a ser aquela que nos apresentam enfeitadamente. As ideologias se criam segundo pressupostos desconexos, no entanto, acreditamos que são os únicos que existem. Nos vendem carros modelos 2016 no começo de 2015, apresentam-nos celulares chamados de última geração, contendo os mesmos mecanismos dos que já possuímos (modelos mais novos), medicamentos que curam qualquer doença, eletros domésticos com programação obsoleta, nos oferecendo vendas à prazos surreais. O consumismo?

Quando iremos perceber que os produtos já não duram mais, que o que consome e como consome é o consumo que faz. Nos mostrando a todo instante que o modo que vivemos e os produtos que temos já são ultrapassados e inferior... apresentando-nos um mundo de maravilhas modernas e a felicidade como fruto de bens materiais. O público de masa virou massa de manobra, nos rotulam discretamente de alienados e idiotas e fazem com que nos sintamos incapazes... porque ainda não compramos aqueles produtos, porque não acompanhamos o "evoluído mundo", porque não nos tornamos bonecos iguais. A mídia?

As ideias já não batem mais com a realidade  vivida por nós, não podemos ser tão robotizados pelas informações e apresentações de aparelhos tão fugas. Nos transformam, nos enganam, fazem de nós bestas animais. Escrevo para não morrer de realidade, dessa realidade que me desfaz. Escrevo mesmo que não seja um escritor... mesmo que as palavras não se arrumem, jamais. Escrevo para não explodir, escrevo para não dar vazão a esse meu ser incapaz. Não posso entregar-me tão fácil assim a esses falsos ideais, nem acomodar-me diante desse mundo artificial, onde a ficção se tornou a realidade e a realidade passou a ser a dos meios de comunicação, banais.

Geferson P.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

CARTAS A UMA POETA



Linda flor, de traços fortes e sem pudor, que me encanta e  me fascina, linda menina, que bom que chegou. Em solos inférteis, regados a depressão, sob um eclipse solar tuas folhas vibram. Traços fortes na face do teu puro ser. Verdadeira poeta, em cada amanhecer o teu apreço por ela aflorou.

Infinitos são os teus dons, infinitas são as tuas visões de espíritos, de amor, de assombração. Ó minha doce menina, com quem tanto aprendo e dispretenciosa me ensina, sinto um imenso desejo de te amar. Já não importa os horrendos dias de tempestade que inundam o meu ser, pois em formas de fumegantes raios luminosos vens me tirar da escuridão.

Voluptuosamente acende a chama da razão, viajando por mares escuros ou por cavidades interplanetárias... Sua curiosidade resplandece nos teus olhos à brilhar. Os escritos espalhados em diversas partes, os registros de belas artes, onde nada nem ninguém os contestarão. Ó minha nobre poeta, se mergulhares no íntimo do teu ser, sem nenhuma pretensão em escrever, poesias desse universo atemporal vão brotar.

Incomodo para alguns, certezas para os demais, inspirações da vida que se refletem em rabiscos  nos cadernos materiais.  Minha querida poeta dos astros, com a sua luneta natural enxerga mundos distantes, onde habitam seres diferentes de nós. Onde o real e o místico se confundem, onde as matérias e os espíritos se fundem... criando uma galáxia de indivíduos normais.

Amar sem dosagens faz de ti um puro ser animal, desconhecendo os perigos da vida, embarcando nesse trem de partida para o seu tempo sem fim. As tatuagens do teu corpo é um rabisco de várias situações, porém, só criam marcas na matéria de um ser divino, onde por ironia do destino se aproximou de mim.

Não podes desistir minha poetiza preferida, para mim única tu és. mulher de múltipla beleza  e de sentimento viril.
Os rabiscos tem obrigação de serem juntados, para que não se percam em sacos e envelopes empoeirados e se dissipem em qualquer mausoléo. A poesia é um dom divino, o seu amor pelas palavras é natural. Não permita que se perca essas folhar escritas valiosas, por um desanimo a esse mundo pueril.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

REDUZIR O IRREDUZÍVEL!


A redução da Maior Idade Penal tem cor!
Essa discussão  que vem ganhando espaço notadamente nos veículos de comunicação nos últimos dias é bastante bastante complexa. Será? Acreditar que tal medida, sendo aprovada, trará algum benefício para a população, na verdade, é distanciar-se da história do país em que vive e negligenciar a realidade tal como de fato ela é. Porque? 
Se tivermos por um instante um lapso de lucides, veremos que esse desastrosa medida nada mais é do que a repetição da história de segregação, preconceito, discriminação e muita falta de bom senso. O grande X da questão não se trata de reduzir ou não a idade penal para aqueles que eventualmente cometem crimes mas sim, colocar atrás das grades (jaulas), aqueles que por séculos não foram assistidos pelo ESTADO, aqueles que sem igualdade de oportunidades, sem uma base educacional adequada e satisfatória se encontram à margem dessa hipócrita sociedade.  

Na verdade, é muito simples justificar os fins sem reparar os danos do início e não vivenciar os meios. Aprisiona esses delinquentes (pretinhos, pobres,favelados filhos de umas putas pretas pobres faveladas), até porque, não fará diferença para eles mesmo... é melhor está na cadeia do que está se proliferando, andando descalços, fumando CRACK por aí. É preferível gastar mais de R$ 1500,00 por mês com eles na cadeia, do que gastar alguns trocados para recupera-los.
estou utilizando palavras bem chulas... pois é assim que estou me sentindo, já que chulo pode ser considerado (como aquele que fala e age de maneira vulgar, aquele que é considerado ralé).
Como acontece sempre nesse nosso país de "ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO", quando existem assuntos relevantes e de impactos diretos para a população e que esses assuntos estão em evidência, como é o caso de (corrupção, ajuste fiscal, reforma política, queda de popularidade, aumentos exacerbados, manifestações, crise energética, crise hídrica, greves de diversos setores, divergências entre os aliados da base, inflação, baixo índice de investimentos e etc...etc... etc... e tals),,, de uma certa forma, como uma plausível jogada de MARKETING, tem que se chamar a atenção para outro assunto... como a (redução da maior idade penal, queda de avião na frança, atentados terrorista na Síria (na Síria), projeto de bomba atômica no Irã, telenovela (Babilônia), reality show (Big Brother) e etc... etc... etc... e tals). 

Que loucura é essa? Em que diabos de país estamos vivendo? Como podemos discutir redução da maior idade penal sem antes discutir a reformulação do ensino de base? ... pra começar. Como podemos discutir o encarceramento em massa de jovens sem antes discutir o que é necessário para que eles não sejam encarcerados? Como podemos colocar em pauta o assunto da redução da idade penal sem antes analisarmos a fundo o contraditório Estatuto da Criança e do Adolescente? Sinceramente, acho que estou tendo uma crise hemorrágica  de pensamentos. Estou mergulhado em devaneios de ideias. No entanto, existe algo a consolar-me. Talvez eu não tenha vida pra ver, mas, tenho certeza que acontecerá. Gostaria de estar vivo para vê o morro descendo para o asfalto e o asfalto se trancafiando em casa com medo do morro. Quando se tornar de fato insustentável esse sistema de caos ao qual estamos mergulhando deliberadamente. Quero ver, quando os condomínios, as grades, os muros, os carros blindados, as câmeras de segurança, a guarda patrimonial privada não der mais conta da inflamação desse câncer hegemônico que está sendo alimentado. O câncer está prestes a explodir e não há programa (mais médicos) vá dar jeito para estancar esse sangue.

Já que querem reduzir, que reduzam. Podem reduzir a maior idade penal para 16... Só não esqueçam de fechar as portas para não serem pegos de surpresa pelos de 14.

Geferson P.