terça-feira, 7 de abril de 2015
"PERGUNTAS SEM RESPOSTAS"
De onde viemos? Quem somos nós? Para onde vamos?
Há se eu soubesse! O que me conforta é que nem os "seres mais excepcionais" desvendaram esse mistérios. Do que mais precisamos, para entendermos que a única coisa que temos somos nós mesmos. A passagem é breve meus caros... as sincronizadas batidas do nosso coração tem um limite para cessarem. Não irei recorrer a respostas filosóficas para tentar explicar o que é tão fácil e totalmente explicável. Surgimos aqui! Não importa como. Surgimos. Surgimos qui! Desenvolvemos aqui! Morreremos aqui! Quanta bobagem, quanto egoísmo da nossa parte. Somos espírito. Somos animais. Somos animais espiritualizados ou espiritualizados animais... e daí? Não importa!
Brigamos por terra, brigamos por comida, brigamos por água, brigamos por dinheiro, brigamos por religião, brigamos por pensarmos diferente, brigamos por sermos iguais, brigamos até por time de futebol, brigamos por nos acharmos melhor, brigamos... apenas brigamos. Deus, se é que ele existe... como poderíamos crer que somos seus filhos? Que contradição. Se eu tivesse o poder de criar seres humanos para habitar o meu mundo, não criaria-os para destruí-lo. Se tivesse o poder de fazê-los a minha imagem e semelhança, o lugar ao qual eles se instalassem seria um ambiente de paz, amor, prosperidade e de pura harmonia. Um mundo utópico? Talvez.
Perdemos tanto tempo em um espaço de tempo tão curto. Ultimamente aprendi criticamente a comparar, e num emaranhado de comparações, comparei o mundo com uma criança, um bebe, um recém-nascido. Imaginei uma criança logo quando acabara de sair do ventre protetor da sua genitora... "uma criança virgem dos sentidos exteriores (mundanos)". Naquele instante ela passa a fazer parte de um outro universo exterior (a vida como ela é), e então começa a aprender novas formas, novos gestos, novos sons, novos métodos e novas manias. É claro que não sou um médico pediatra, nem um especialista em psicologia infantil, apenas quero chamar a atenção para o simples fato: se a criança torna-se adulta por conta das influências que recebe... temos que nos perguntar urgentemente quais as influências que outrora recebemos, para nos tornarmos os adultos desequilibrados que hoje somos?
Procriamos demasiadamente como ratos, sedentos por prazer. Desejamos o melhor para os nossos filhos e nos esquecemos que o amanhã está prestes a não ter água pra beber. Criamos o hábito de pensarmos exageradamente no futuro, deixando o presente a merce. Qual é a real herança que as crianças crescidas vão herdar? O mundo está tornando-se inabitável porém, ele sempre existirá. O que ainda falta para percebermos que o tempo está de pressa a passar? E que o que chamamos de vida é só uma fração de segundos, diante da eternidade que está a nos aguardar. Esse indecifrável sopro que impulsiona a vida parece não fazer mais sentido. Como gados conduzidos para o abatedouro caminhamos todos, por esse vasto trajeto de martírio indolor. Com alegorias coloridas pelo caminho, no intuito de distraí-los durante a caminhada para esquecerdes o momento de terror.
Alguns dizem que o universo conspira ao nosso favor, ao menos uma coisa a nosso favor tem que conspirar. Que bom que o conspirador é o universo, pois na sua perfeição podemos nos inspirar.
Outros dizem que a vida é bela, talvez seja na hora da novela, que eles tendem a exclamar. Bela a vida pode até ser, o problema é que não a vemos passar. Cético? Será?
Gritamos por liberdade como se ela estivesse não dentro de nós mas, em outro lugar. Clamamos por justiça como se os outros tivessem a obrigação de exerce-la, para que nós não tenhamos que nos culpar. Sonhamos todos com a paz, como se os sonhos se tornassem realidade, todas as vezes que acabamos de acordar.
Geferson P.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário